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Oração cristã: aprendendo os 3 princípios para orar a Deus

Por Zhang Liang

 

Conteúdos

 

1. Em oração, você fala a Deus abertamente, confiando a Ele seus pensamentos verdadeiros?

2. Você está orando para praticar as palavras do Senhor e alcançar crescimento de vida?

3. Você ora para buscar entendimento da vontade de Deus e para dar testemunho Dele?

 

Como cristãos, a oração é uma parte indispensável da nossa vida cotidiana e a maneira mais direta de se aproximar de Deus. Todos nós esperamos que as nossas orações sejam ouvidas pelo Senhor, muitas vezes, porém, não recebemos resposta de Deus nem sentimos Sua presença, e ficamos nos perguntando: Por que isso acontece? Por que Deus não ouve nossas orações? Que tipo de orações está em linha com a vontade de Deus? Tenhamos comunhão sobre isso hoje e, após resolvermos essas três questões, nossas orações poderão ser ouvidas por Deus.

 

1. Em oração, você fala a Deus abertamente, confiando a Ele seus pensamentos verdadeiros?

 

Durante a maior parte do tempo, damos muita atenção a detalhes, como, por exemplo, à duração da nossa oração ou à nossa formulação, ou tentamos até demonstrar nossa determinação a Deus através de palavras agradáveis, mas raramente abrimos de verdade nosso coração a Deus. Por exemplo, costumamos dizer: “Deus, eu Te amarei, eu me despenderei por Ti e, não importa quão grandes sejam os perigos ou as adversidades que enfrente, eu não desistirei. Eu Te seguirei por toda a minha vida!” Ou: “Deus, Tuas palavras são a lâmpada à minha frente, a luz em minha senda, eu serei fiel à Tua palavra em tudo que faço e cumprirei a Tua vontade!” No entanto, quando nos deparamos com adversidades e contratempos, ou quando dificuldades aparecem em casa, muitas vezes, somos incapazes de colocar as palavras de Deus em prática e falta-nos o desejo de cumprir os Seus desejos. Muitas vezes, entendemos Deus errado, nos queixamos de Deus, ficamos desanimados e também O traímos e nos afastamos Dele. O fato de nos comportarmos dessa maneira em situações práticas testifica nossa falta de sinceridade em nossas orações a Deus, em vez disso, usamos palavras grandes, vazias e agradáveis numa tentativa de agradar a Deus. Fazemos isso também para que outros nos admirem, para que Deus e outros vejam que amamos a Deus e somos fiéis a Ele, mas, na verdade, nossas orações estão cheias de hipocrisia e enganação. São, em essência, uma tentativa de enganar a Deus e fazê-lo de bobo. Como podemos esperar que Deus ouça esse tipo de orações? Certa vez, Jesus contou esta parábola: “Dois homens subiram ao templo para orar; um fariseu, e o outro publicano. O fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo: Ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda com este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho. Mas o publicano, estando em pé de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, o pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que a si mesmo se exaltar será humilhado; mas o que a si mesmo se humilhar será exaltado” (Lucas 18:10-14). Não é difícil reconhecer que o fariseu orava de maneira vangloriosa, aparentemente inconsciente de seus próprios pecados, exibindo-se sob a premissa de sua boa conduta ostensiva. Ele estava servindo a si mesmo, gabando-se de sua lealdade a Deus, dizendo coisas agradáveis a Deus, exibindo-se diante de Deus, ao mesmo tempo em que depreciava o publicano (o coletor de impostos). Tal oração hipócrita jamais seria elogiada por Deus. A oração do publicano era sincera, admitindo abertamente os seus pecados a Deus, reconhecendo que ele era um pecador e expressando remorso. Ele também demonstrou uma disposição de se arrepender a Deus e implorou pela misericórdia de Deus. Ao reconhecer que ela continha sinceridade, Jesus elogiou a oração do publicano.

 

A parábola de Jesus nos diz que Deus detesta o uso de palavras vazias e vangloriosas ou de palavras que agradem ao ouvido para ganhar a graça de Deus ou para enganá-Lo. Deus deseja que exponhamos nosso coração e falemos o que realmente pensamos, que digamos a verdade e nos comuniquemos com Deus com sinceridade. O Senhor Jesus disse: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (João 4:23-24). E outra passagem das palavras de Deus diz: “O padrão mais baixo que Deus exige das pessoas é que elas sejam capazes de abrir seus corações para Ele. Quando o homem oferece seu verdadeiro coração a Deus e diz a Deus o que realmente está dentro de seu coração, então Deus está disposto a operar no homem; Deus não quer o coração distorcido do homem, mas seu coração puro e honesto. Quando o homem não fala verdadeiramente com Deus o que está em seu coração, então Deus não toca no coração do homem nem opera nele. Portanto, o ponto mais crucial na oração é falar com Deus as palavras do seu verdadeiro coração, contando a Deus suas falhas, ou caráter rebelde, e se abrindo completamente a Deus. Somente então Deus estará interessado nas suas orações; caso contrário, então Deus ocultará Sua face de você” (de “Acerca da prática da oração”). Isso nos mostra que devemos ser abertos e sinceros com Deus, contar-Lhe nossos pensamentos mais íntimos e a verdade, contar a Deus nosso estado e nossos problemas verdadeiros e buscar a Sua orientação. Apenas então Deus ouvirá nossas orações. Quando oramos, podemos contar a Deus as nossas dificuldades e o sofrimento que enfrentamos em nossa vida e buscar a Sua vontade. Ou podemos nos colocar diante de Deus e nos abrir a Ele sobre nossas transgressões ou qualquer que seja a corrupção que revelamos a cada dia. Isso é ter um diálogo sincero com Deus em todas as questões. Quando, por exemplo, nos apaixonamos pelo mundo e desejamos seguir as tendências da sociedade, quando ficamos obcecados com prazeres mundanos e não conseguimos aquietar nossa mente diante de Deus, podemos orar a Ele: “Deus! Vejo que não amo a verdade em meu coração, em vez disso, estou sempre pensando no mundo deslumbrante lá fora. Mesmo quando estou numa reunião, em oração ou lendo as Tuas palavras, não consigo aquietar minha mente. Eu quero abandonar a carne, mas vejo que sou impotente para fazer isso. Deus! Que Teu espírito comova meu coração entorpecido, dando-me fé e força para prevalecer contra a tentação de Satanás e para acalmar meu coração diante de Ti”. Após várias orações sinceras como essa, o Espírito Santo nos guiará e levará a ver que seguir tendências sociais fará com que vivamos em pecado e nos distanciemos cada vez mais de Deus. O Espírito Santo também nos tocará e nos proverá com um coração de amor pela verdade. Então, seremos capazes de abandonar a carne de maneiras práticas e vencer a tentação e sedução de Satanás — esse é o resultado que podemos alcançar falando de coração na oração com Deus. No entanto, se não abrirmos nosso coração a Deus em oração e, em vez disso, tentarmos conquistar o favor de Deus e enganá-Lo usando palavras agradáveis ao ouvido, Deus não ouvirá nossa oração e não tocará nosso coração. Seremos incapazes de discernir ou vencer a tentação de Satanás e, inevitavelmente, seguiremos tendências malignas, distanciando-nos cada vez mais de Deus e sendo prejudicados por Satanás. Portanto, se quisermos que nossas orações sejam ouvidas por Deus, precisamos ser abertos e verdadeiros diante dele. Esse é o primeiro passo que devemos tomar.

 

2. Você está orando para praticar as palavras do Senhor e alcançar crescimento de vida?

 

Visto que fomos corrompidos por Satanás, estamos cheios do caráter satânico corrupto; somos egoístas, gananciosos, desonestos, enganosos e só temos nossos próprios interesses em mente. Em todas as coisas, colocamos o ganho pessoal acima de todas as outras coisas e, até mesmo na nossa fé, queremos cada vez mais graça e bênçãos de Deus. A maioria dos irmãos e irmãs acredita que, já que acreditamos em Deus, Ele deveria nos abençoar e agraciar e que, não importa o que peçamos, Ele deveria provê-lo. Muitas vezes, suplicamos e oramos a Deus por benefícios carnais como, por exemplo, a cura de uma doença, paz no lar ou um bom emprego para os nossos filhos. Quando desfrutamos de Sua graça, nós O louvamos com muita alegria, mas quando Ele não responde às nossas orações como queremos, nós reclamamos Dele. Alguma vez você já se perguntou se orar constantemente a Deus por nossos próprios interesses carnais é comunhão verdadeira com Deus, verdadeira adoração a Ele? A resposta é não. Esse tipo de orações é apenas uma tentativa de extrair bênçãos de Deus; é exigir coisas Dele e tentar fazer com que Ele aja de acordo com a nossa própria vontade. Não é trata-Lo como Deus. Esse tipo de orações só pode provocar a ira de Deus, e Ele não as ouve.

Como cristãos, não deveríamos buscar as bênçãos da carne ou tentar fazer com que Deus nos conceda mais graça e bênçãos. Pois essas coisas só nos permitem desfrutar uma boa fortuna mundana e transitória, mas não nos ajudam a crescer em nossa vida nem remotamente. Tampouco nos ajudam a alcançar verdadeira obediência e temor de Deus. Nossas orações e súplicas deveriam se concentrar mais em nosso entendimento da verdade, em colocar em prática as palavras de Deus e em crescer em nossa vida. Apenas esse tipo de oração está em linha com a vontade de Deus. O Senhor Jesus disse: “Não procureis, pois, o que haveis de comer, ou o que haveis de beber, e não andeis preocupados. Porque a todas estas coisas os povos do mundo procuram; mas vosso Pai sabe que precisais delas. Buscai antes o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas” (Lucas 12:29-31). “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida” (João 6:63). A vontade de Deus para nós é que pratiquemos e vivamos Suas palavras e, através de Suas palavras, ganhemos a verdade e a vida para que possamos alcançar compatibilidade com Deus e ser capazes de entrar em Seu reino. Assim, nossas orações deveriam se concentrar em como praticar e experimentar as Suas palavras; dessa forma, Ele nos guiará ao passarmos por Sua obra, continuaremos a entender cada vez mais da verdade e seremos capazes de viver as palavras de Deus. Pense em como todos nós contamos mentiras com frequência e fazemos coisas enganosas a fim de proteger nossa reputação, nosso status, nossa riqueza ou nossos interesses. Estamos cientes de que isso é pecado, mas não conseguimos impedir que pequemos. Mesmo que não mintamos com nossas palavras, em nosso coração cogitamos o que dizer para proteger nosso nome, benefício e posição e o que devemos fazer para que nossos interesses não sejam comprometidos. Quando nos tornamos cientes de que possuímos um impulso para mentir ou fazer algo desonesto, devemos nos colocar diante de Deus e orar: “Ó Deus! Vi que sou incapaz de alcançar a simplicidade e honestidade de uma criança, mesmo assim, não consigo parar de mentir e enganar. Se eu continuar assim, certamente me odiarás. Deus! Preciso verdadeiramente de Tua salvação — peço que me guies para que eu possa ser uma pessoa honesta, e se eu voltar a mentir ou enganar, peço que me disciplines”. Após oferecer uma oração desse tipo, quando voltarmos a ter o desejo de mentir para o bem de nosso próprio interesse, sentiremos a repreensão do Espírito Santo dentro de nós. Perceberemos claramente que Deus exige que sejamos pessoas honestas e que Ele se alegra com aqueles que são honestos e os abençoa. Não devemos defender nossos próprios interesses, pois Deus se enoja com isso. Uma vez que percebemos tudo isso, somos capazes de expulsar do nosso coração nossas motivações astutas, buscar a verdade a partir dos fatos e dar nome aos bois. Se sempre praticarmos dessa maneira, antes de percebermos, estaremos mentindo cada vez menos e seremos capazes de entrar na realidade da verdade de ser uma pessoa honesta, um passo de cada vez. Esse é o fruto da oração para o crescimento na vida. O Senhor Jesus disse: “Pelo que eu vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; pois todo o que pede, recebe; e quem busca acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á” (Lucas 11:9-10). Claramente, contanto que oremos a Deus pedindo entendimento da verdade e a capacidade de colocar as palavras de Deus em prática e tratarmos a entrada na verdade com extrema seriedade, Deus nos guiará para o entendimento da verdade e para a entrada na realidade da verdade, e nós seremos capazes de crescer aos poucos na nossa vida espiritual.

 

3. Você ora para buscar entendimento da vontade de Deus e para dar testemunho Dele?

 

Às vezes, nós nos deparamos com questões em nossa vida que não estão em linha com nossas noções, como, por exemplo, problemas no trabalho ou em casa, ou talvez enfrentemos algum tipo de catástrofe. Quando essas coisas ocorrem, a maioria de nós pede que Deus retire esses ambientes desagradáveis e nos dê paz e felicidade. Mesmo que trabalhemos duro ou até desistamos de nossos relacionamentos e empregos para servir a Deus, quando nos deparamos com algo como uma doença mais grave, somos incapazes de nos acalmar, de dar testemunho e satisfazer a Deus. Em vez disso, oramos a Deus, implorando que Ele cure a nossa doença para que possamos nos livrar do tormento da doença o mais rápido possível. Quando Deus acolhe nosso pedido, nós Lhe agradecemos e O louvamos, mas quando Ele não nos cura, ficamos desanimados e decepcionados com Deus; vivemos em negatividade, reclamando Dele, e podemos até sentir o impulso de jogar pela janela os nossos esforços por Ele. Isso nos mostra que estamos apaixonados demais por nossos próprios interesses carnais; em nosso coração, não amamos ou desejamos satisfazer a Deus. Muitas vezes, fazemos pedidos insensatos em nossas orações, fazendo exigências a Ele de maneiras egoístas e abomináveis para que Ele faça as coisas de acordo com aquilo que nós queremos. De forma alguma adoramos o Criador a partir da posição apropriada de um ser criado. Por que Deus ouviria tais orações? Como, então, devemos orar para estarmos em linha com a vontade de Deus? Suas palavras nos guiam para essa senda: “Quando você encontrar dificuldades, apresse-se e ore a Deus: ‘Ó Deus! Desejo Te satisfazer, desejo suportar as dificuldades finais para satisfazer o Teu coração e, independente de quão grandes sejam os contratempos que eu encontre, ainda assim devo satisfazê-Lo. Mesmo que tenha que desistir de toda a minha vida, ainda assim devo satisfazer a Ti!’ Com esta resolução, quando você orar deste modo, conseguirá permanecer firme em seu testemunho” (de “Apenas amando a Deus é que verdadeiramente se crê em Deus”). “Você está machucado por dentro, e seu sofrimento atingiu certo ponto; ainda assim, você está disposto a achegar-se diante de Deus e orar, dizendo: ‘Oh, Deus! Não posso abandonar-Te. Embora haja trevas dentro de mim, desejo satisfazer-Te; Tu conheces meu coração, e eu gostaria que investisses mais do Teu amor dentro de mim’” (de “Somente experimentando refinamento o homem pode amar verdadeiramente a Deus”).

 

Quando passamos por dificuldades, devemos buscar a vontade de Deus e orar para que possamos dar testemunho e satisfazer a Deus. Devemos também ter a determinação de amar e satisfazer a Deus, estar dispostos a suportar sofrimento físico se isso significa dar testemunho de Deus, em vez de orar por nossos próprios interesses. Apenas esse tipo de oração está em linha com a vontade de Deus, e isso significa também ter o tipo de razão e consciência que nós devemos possuir como seres criados. Jó, por exemplo, perdeu todos os seus bens e seus filhos através de suas provações, e ele mesmo foi afligido por chagas da cabeça aos pés. Ele sofreu uma enorme dor física e emocional. Mas ele não se queixou a Deus perguntando por que Ele permitiu que ele sofresse tudo isso, tampouco pediu que Deus retirasse seu sofrimento. Em vez disso, ele se submeteu primeiramente e orou para buscar a vontade de Deus. Reconheceu que tudo que ele possuía não havia sido ganho através de seu próprio trabalho, mas tinha sido concedido por Deus; não importa se Deus dá ou retira, como seres criados devemos nos submeter naturalmente ao governo e aos arranjos de Deus. Não devemos fazer quaisquer exigências ou reclamações a Deus. Essa é a razão que nós devemos possuir como humanos. Jó disse: “Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá. Jeová deu, e Jeová tirou; bendito seja o nome de Jeová” (Job 1:21). Jó acabou dando um testemunho retumbante de Deus ao confiar em sua reverência, obediência e fé em Deus. Devemos aprender com o exemplo de Jó e, quando encontrarmos algo que não esteja em linha com as nossas noções, devemos primeiro nos aquietar diante de Deus e correr e orar para buscar a vontade de Deus e orar para que possamos dar testemunho e satisfazer a Deus. Esse é o aspecto mais crítico da nossa prática. Dessa forma, Deus poderá nos guiar; Ele pode nos dar fé e força para nos ajudar a passar por qualquer situação que possamos enfrentar, para que possamos permanecer firmes em nosso testemunho em meio a provações.

 

Essas são as três questões que devemos resolver em nossa oração. Contanto que pratiquemos e entremos de acordo com esses princípios em nosso dia a dia, tenho certeza de que todos nós, irmãos e irmãs, colheremos recompensas que jamais ousamos imaginar.

 

Fonte: Igreja de Deus Todo-Poderoso

 

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